Segue abaixo uma lista com os 20 melhores trailers de filmes de terror de todos os tempos.

A seleção foi feita numa noite de lua cheia e tempestade, atendendo a critérios meramente técnicos, como o volume do gritinho que o trailer provoca ou quantas vezes fecha-se os olhos por minuto. Obviamente, a criatividade também contou.

É importante lembrar que um bom trailer não necessariamente dá origem a um bom filme. E, sim, eu deixei o Hitchcock de fora, porque os trailers não eram nada em comparação aos filmes. Eis a lista, a ordem é decrescente.

Morte ao vivo” (1996), de Alejandro Amenábar – Não dá para ignorar um trailer de filme de terror que começa perguntando “O que é cinema?”. E ainda responde: “É dinheiro”.
Holocausto canibal” (1980), de Ruggero Deodato – Presta atenção no discurso: “Não consigo entender a razão dessa crueldade. Deve ter algo a ver com algum rito sexual obscuro ou com o respeito profundo que esses primitivos têm pela virgindade”.
A mosca” (1986), de David Cronenberg – Direto do tempo em que os trailers eram completamente lineares, com historinha de início, meio e fim.
Invocação do mal” (2013), de James Wan – Você passa o trailer todo tenso à espera de que aconteça alguma coisa, e a única coisa que acontece é uma palma.
A hora do pesadelo 3: Os guerreiros dos sonhos” (1987), de Chuck Russell – Nunca curti esse negócio de casa de boneca.
Uzumaki” (2000), de Higuchinsky – Não sei falar japonês, mas tive pesadelos com esse “Guru guru guru guru guru…” E ainda rolam umas imagens psicodélicas bem curiosas.
Atividade paranormal” (2007), de Oren Peli – O trailer mostrava a reação de um público assistindo ao filme. Ideia bacana, na época despertou um tremendo interesse na rapaziada.
A Bruxa de Blair” (1999), de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez – Também teve impacto, também deixou todo mundo com vontade de assistir. Eu estava lá na primeira exibição no Rio: Odeon, Festival do Rio, sessão midnight, fila gigante na Cinelândia.
[Rec]” (2007), de Jaume Balagueró e Paco Plaza – Mais um trailer que deixou a molecada doida na época. Parece um videogame.
Suspiria” (1977), de Dario Argento – A peruca no esqueleto me conquistou.
It: Uma obra prima do medo” (1990), de Tommy Lee Wallace – Um choque para quem era fã do Bozo.
A hora do lobo” (1968), de Ingmar Bergman – Max von Sydow com o fósforo na mão, num filme de terror do Bergman.
Ring: O chamado” (1998), de Hideo Nakata – Se você discorda, melhor não olhar agora para a TV.
Deixa ela entrar” (2008), de Thomas Afredson – Uma fofura de menina, até ela colocar os dentes de fora.
Violência gratuita” (1997), de Michael Haneke – Não é um trailer, é uma ópera.
Um passe de mágica” (1978), de Richard Attenborough – Esse boneco com cara de sádico, personagem do que o trailer chama de uma “terrifying love story”.
Poltergeist” (1982), de Tobe Hooper – Sacam o visual de “Stranger things”? Querem ver de onde foi tirado?
Kairo” (2001), de Kiyoshi Kurosawa – Duvido alguém ter coragem de assistir ao filme depois de ver o trailer.
O exorcista” (1973), de William Friedkin – “Em algum lugar entre ciência e superstição, há outro mundo, o mundo da escuridão”. Essa narração, sozinha, já mereceria entrar na lista.
O iluminado” (1984), de Stanley Kubrick – Quando alguém te perguntar por que Kubrick era gênio, lembre-se do elevador sangrando.